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Fevereiro/2010 - Monique Alfradique

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veja mais : https://vip.abril.com.br/sumario/299.shtml

Eram 7h da noite quando Monique acabou a sessão de fotos. Estava sem almoçar - mas não nos culpe, a gente bem que quis alimentá-la. "Prefiro não parar um trabalho no meio", explicou, disciplinada. Quando resolveu comer, optou por uma salada caesar. E, entre uma garfada e outra, contou que aos 9 anos já montava números teatrais e de dança para a família ver. E que na adolescência fez curso de teatro e depois campanhas publicitárias e depois virou paquita da Xuxa - até que, finalmente, conseguiu mostrar sua veia artística em esquetes do programa da loira e foi chamada para Malhação e duas novelas. Monique conta tudo isso com um jeito es-pa-ça-do e divertido de falar. "Sou muito bem-humorada", diz, escondendo com a mão a boca cheia de alface. Para seu papel em Cinquentinha, minissérie que fez sucesso no fi m de ano na Globo, cortou e clareou o cabelão. "Estou mais segura e ousada", diz a loira. "O pessoal tem me chamado de Afrodite, a deusa do amor, e de Marilyn. Só boas comparações, ufa." 

Você já sabia que queria ser atriz desde criança. Gostava de ser o centro das atenções?
Não exatamente. É que eu achava que tinha sempre mesmo algo para mostrar. Sou uma ótima imitadora, minhas imitações faziam o maior sucesso. Sou uma palhaça. Imito o Falcão como ninguém, aquele da flor na lapela. Eu gravava em vídeo a Madonna e ficava anotando os passos dela, a-no-tan-do mesmo, no papel, para depois fazer.

Como você virou paquita?
Vi na televisão a Xuxa anunciando teste para paquitas. Minha avó, fofa, enfrentou uma fila imensa para pegar a ficha de inscrição, coitadinha. Quis responder sem ajuda de ninguém. E depois fiz uma batalha de testes, por seis meses: teste de coreografia, de desfile, entrevistas... Entrei. Eram 8500 candidatas e ficaram oito. Comecei a trabalhar com ela em 2000, era a chamada "geração 2000", a última de paquitas.

Tinha muita criança chata te amolando, pisando no seu pé?
Elas me amavam, porque eu gostava de ficar na parte de escolher as crianças para as brincadeiras.

E ser paquita ajudou ou atrapalhou sua carreira de atriz?
Me abriu portas, sem dúvida. Passei minha adolescência toda lá, dos 13 aos 16 anos. Aprendi a ser disciplinada, pontual, aprendi sobre posicionamento no palco, luz, câmera. Fora os cursos, como de cinema, de maquiagem. Ah, e o de patins! Achava que nunca ia usar isso na vida, mas teve um personagem meu que aparecia patinando e foi superútil. Comecei a fazer participações como atriz no programa Xuxa no Mundo da Imaginação. E depois começaram a pintar as novelas, como A Lua me Disse. Tinha 17 anos, nem dirigia e já era protagonista de novela!

Mas você trabalha há muito tempo. Não deixou de viver muita coisa, sua adolescência, a fase dos primeiros beijinhos?
Não. Eu não deixei de aproveitar minha adolescência. A gente ensaiava de segunda a sexta, mas aos finais de semana eu ficava com meus pais, ia às matinês com minhas amigas, tudo normal.

Você já interpretou umas patricinhas. Elas tinham algo a ver com você?
Ah, todo personagem tem alguma coisa sua, mesmo que seja uma vilã. Você empresta sempre algo para o personagem. A profissão de atriz tem isso de legal, porque dá para conhecer coisas que eu nunca imaginava, de viver outras vidas que não são as suas, de estudar assuntos que nunca estudaria.

E agora, com Cinquentinha, você deu uma bela mudada no visual...
Olha, estou me sentindo mais segura. Muita gente achou que eu tinha cara de menininha e agora estou mais mulher. Não teria coragem de fazer isso sozinha. Cortei minha fragilidade com meu cabelo. Acho que saiu aquela coisa menininha, princesinha e fofa.

Fora o cabelo, algo mais mudou em você?
Sem dúvida a Bárbara, minha personagem, me deixou mais ousada. Todo mundo me via como uma pessoa mais doce, talvez até porque todos os meus personagens anteriores eram assim. Mas a Bárbara era diferente, mais explosiva. A-do-rei. E isso contribuiu para as pessoas começarem a me ver de uma maneira diferente também.

Ela namorava um pitboy. Você namoraria um?
Ah, eu acho que um pitboy daria muito trabalho em todos os sentidos. Sou muito tranquila e esses caras vivem com os nervos à flor da pele. Não gostaria de viver nessa tensão o tempo todo. O cara lá, grandão, ia deixar de me ver para malhar, gosta demais de balada... E depois viria com aquela mão cheia de calos me abraçar? [risos] Sério, nada contra eles. Tenho amigos pitboys, amigas que namoram pitboys. Só não é a minha.

E qual é a sua?
Não é nem tanto pelo físico. É mais pela atitude, pelo bom humor. Sou muito bem-humorada, para cima, por isso acho que é fun-da-men-tal o homem ser assim. Admiro quem gosta do que faz e é reconhecido por isso, qualquer que seja a profissão. Tenho personalidade forte e trabalhar é minha prioridade atualmente. O cara tem que entender isso.

[Ela se olha no espelho e vê que a maquiagem da boca está borrada] Menina, estou borrada assim? Parecia que estava dando o maior beijão!

Por falar nisso, você namorou três anos e está solteira de novo. Está adaptada?
Ah, como sou muito focada no trabalho e tenho vários amigos, compensa. Estou bem. Estou solteira e sozinha. Não tem nem aqueles free lancers fixos, nada, nada. Tá zero mesmo, ruim o negócio. Mas também não procurei, não tenho saído. Quem sabe quando voltar à vida social? Não consigo misturar muito as coisas, trabalho e namoro.

[Toca o telefone, ela olha, ri e desliga] É a mãe, é a única que me liga. [Toca novamente] Ah, agora é mensagemda operadora de celular! É a única que me manda mensagem. "A TIM informa." Ai, meu Deus, se a TIM ainda informasse que me amava eu ficaria contente, mas nem ela! [risos] Outro dia achei que a operadora tinha bloqueado meu celular, porque ninguém me ligava! Ficava checando toda hora para ver se ele estava funcionando [risos].

Ah, mas então você está sentindo falta de um homem...
Não é que eu não queira namorar ou esteja fechada para balanço, mas acaba não dando muito tempo. Não pulei uma onda no Réveillon pedindo para arrumar namorado este ano. Estou muito tranquila. Quero ficar em casa, aproveitar minha família. Eu não vou buscar uma pessoa. Mas se meu príncipe aparecer vou ficar feliz. Acho que daqui um tempo eu posso até começar a sentir falta. Afinal, né? Mas também acho que se eu ficar só pensando nisso é o primeiro passo para não acontecer nada.

E enquanto isso, você trabalha?
É meu foco, minha prioridade. Sou muito elétrica, gosto de fazer várias coisas, não paro, estou sempre com trabalho. O ócio me irrita. Profundamente. Não gosto de estar fazendo nada.

E de balada, você gosta?
Eu prefiro fazer umas coisas em casa. Compro uns vinhos, uns queijos, chamo os amigos, coloco música.

Continua correndo?
Sim. Corro todos os dias. Adoro fazer provas, mas gosto das pequenas. Já entendi que não sou atleta. Por isso, faço as de 5 km ou 10 km. Só para me divertir e mudar um pouco o treino. Correr para mim é terapia. E, na corrida, meu doping é a música. A única coisa postiça em mim são os cílios. Sou muito natural.

E o que você achou de mostrar essa naturalidade toda na VIP?
Eu adorei, fiquei bem à vontade, me diverti muito. Não tive que ficar fazendo carão, as fotos ficaram bem como eu sou. Elas ficaram meio Marilyn [Monroe] mesmo, em casa, bem clean, muito branco, elegante. Marilyn foi um dos apelidos que ganhei por causa desse cabelo. O outro é Afrodite, só me chamavam assim em Cinquentinha.

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Janeiro / 2010 - Juliana Barone

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Nunca antes na história deste país suspiramos tanto por uma primeira-dama, mesmo que na ficção. Mas não é de hoje que Juliana Riva Baroni permeia nossos sonhos. Ela saiu aos 11 anos de Limeira, no interior de São Paulo, para ser paquita. Dividiu palco e casa com a rainha dos baixinhos e, quando já não era mais tão baixinha assim, deixou o programa. Era hora de encarar novos papéis na TV Globo. Foi menina boazinha e mulher fatal, garota séria e gata caricata nos folhetins da emissora.

Camaleoa de olhos de esmeralda. Sua beleza alcançou o velho continente e, em Portugal, fez uma novela e esvaziou garrafas de vinho para amenizar a saudade. Saiu da Globo, passou pela Band e agora acaba de assinar um contrato com a Record. Recentemente começou a gravar Ribeirão do Tempo, onde será uma vilã. Vossa excelência, senhores senadores e deputados, povo do Brasil, temos a honra de apresentar Juliana Baroni.

O que achou de ser a primeira-dama?
Para mim foi uma emoção muito grande. Esse foi o segundo filme, digamos, adulto que eu faço. Os outros quatro eu fiz quando era paquita. Eu fiz teste, passei pelo processo natural de seleção e eles me convidaram para fazer o filme. Quando eu soube que faria a dona Marisa, fiquei um pouco apreensiva. Seria minha primeira personagem real. Mas o Fábio Barreto (diretor do filme) me deu liberdade para eu fazer a minha Marisa.

Como foi a pesquisa para fazer o papel?
Tentamos um encontro com dona Marisa. Há muito pouco material de arquivo dela, que é uma primeira-dama bastante discreta. Porém, não conseguimos o encontro, e o Fábio Barreto disse: “Não vamos mais tentar. Eu não quero que você se encontre com Marisa antes das filmagens para que você não se preocupe com o jeito dela de ser e de falar. O mais importante é reproduzir a história de cumplicidade entre ela e Lula”.

Sem o encontro, foi difícil se transformar na primeira-dama?
O processo foi muito prazeroso. Eu li o livro de Denise Paraná (Lula, o Filho do Brasil, que deu origem ao filme), vi algum material de arquivo da época das grandes greves, assisti a Entreatos (documentário de João Moreira Salles sobre a campanha presidencial de Lula em 2002), no qual dona Marisa está sempre ali, perto do Lula... Assim, eu pude observar o comportamento dela.

O que há em comum entre você e a dona Marisa Letícia?
Tem algumas coisas. Depois que eu a conheci pessoalmente, entendi por que eu havia sido escolhida para representá-la. Temos a região dos olhos muito parecida – a cor, o formato... Além disso, eu sou ariana e ela também. Ela é descendente de italianos e eu também sou. De alguma maneira, essas coisas me aproximaram dela.

E em relação ao comportamento. Há semelhanças?
Olha, é importante frisar que, apesar de ser bem discreta publicamente, quem manda dentro de casa é ela. É uma mulher forte, cercada de homens a vida toda: tem um marido e quatro filhos, e, na época em que fecharam o sindicato dos metalúrgicos, as reuniões aconteciam dentro da casa dela. Apesar de ser doce, meiga, uma mãezona, ela é uma leoa. Temos isso em comum. Quando comecei a pesquisar, até falei com alguns familiares do Lula, e todos davam essa referência. Dentro de casa é ela quem assume as rédeas, administra o dinheiro, organiza a vida dos meninos todos, inclusive a do presidente. Tem muita semelhança com a minha mãe. Então me inspirei muito na minha mãe para compor a Marisa.

Foi difícil engordar 5 quilos para fazer a personagem?
Foi muito fácil (risos). Foi muito prazeroso. Você sabe que nós mulheres vivemos de dieta: alface, peito de frango, aquela coisa chata. Na casa da minha mãe comemos muito macarrão, lasanha, frango assado. São coisas que eu adoro, mas que no meu dia a dia não posso me dar ao luxo. Quando apareceu a Marisa na minha vida, eu vi umas fotos dela quando jovem e vi que, como toda italiana, ela tinha uma estrutura maior. Magra, mas com estrutura mais larga que a minha. Eu tive a ideia de ter essa cara de mãe, mais bochechuda. Por isso comi tudo o que sempre quis comer e não podia: pizza duas vezes por semana, brigadeiro...

E para perder esses quilos?
Eu já perdi. Radicalizei na alimentação, adotei um paladar mais light e contratei um personal trainer.

Até onde acha que o filme pode chegar? Ao Oscar?
Olha, na verdade, eu não tenho a menor ideia. Eu sei que há uma expectativa muito grande com relação ao filme. Não só da mídia, mas das pessoas na rua que me encontram e perguntam quando vai ser a estreia. Isso é muito importante para nós que estamos envolvidos no projeto. É óbvio que nós queremos que muita gente veja. Mas, para os atores – para mim –, o mais importante, sem demagogia, é o momento da filmagem, em que a gente está construindo aquele filme, aquele personagem. O que vier a partir disso é lucro, sabe?

Você acompanha as críticas?
Tenho acompanhado.

E como você se sente quando questionam o fato de a estreia ser em ano eleitoral ou de o presidente ter sido retratado sem defeitos?
A gente já esperava que isso fosse ser dito porque estamos falando do homem mais poderoso do Brasil, conhecido mundialmente. A gente sabia que ia gerar muita polêmica. Mas, quando ingressei no projeto e li o roteiro, eu sinceramente não enxerguei ali um filme político. Algo político-partidário, quase institucional, como tenho lido por aí. Eu não concordo com isso. O Lula já tem uma aprovação absurda, e não é um filme que vai mudar isso para melhor ou pior.

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